Nesses casos utilizam-se as chamadas defesas artificiais.
O soro
Quando um indivíduo sofre
ferimentos suspeitos de contaminação por agentes como o bacilo do tétano
ou quando é mordido por cobras venenosas, não devemos esperar que seu
corpo produza anticorpos, pois esta produção é muito lenta em relação à
capacidade de proliferação da bactéria ou ao alto poder tóxico do
veneno.
A solução nesses casos consiste
em inocular no indivíduo os anticorpos produzidos por outro animal que
foi previamente colocado em contato com o veneno ou com o agente
infeccioso (antígeno).
Aplicamos então um líquido obtido a partir do sangue do animal, o soro,
com uma quantidade apreciável de anticorpos, que começam imediatamente a
neutralizar os antígenos. Isso dá tempo ao indivíduo doente para
produzir seus próprios anticorpos e impedir a progressão da infecção ou
da intoxicação.
A preparação dos soros pode ser
feita em cavalos, coelhos ou cabras que recebem quantidades não mortais
de antígenos, em doses progressivamente maiores, e por isso, produzem
grande quantidade de anticorpos. O soro então é retirado do sangue do
animal e armazenado para o uso em indivíduos eventualmente atingidos
pela doença.
Esse tipo de imunização em que o
indivíduo adquire imunidade contra doenças de forma passiva, isto é,
sem que seu corpo produza os anticorpos, é chamado de imunização passiva.
Essa imunização começa cedo,
durante a vida embrionária, quando a criança recebe anticorpos através
da placenta e continua após o nascimento, quando o recém-nascido recebe
anticorpos já prontos da mãe através do colostro, o primeiro leite produzido (até o 7º dia).
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