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sexta-feira, 9 de março de 2012

Camada de Ozônio

A Terra sem filtro solar


O buraco na camada de ozônio – a faixa da atmosfera que filtra os raios ultravioleta do Sol – ainda preocupa pesquisadores do mundo inteiro. Mas alguns cientistas já fazem previsões mais otimistas: se os níveis dos gases que destroem o ozônio continuarem diminuindo, em 2050 nosso planeta terá seu filtro solar totalmente reconstituído.

Veja como o buraco aumentou
  
Três Brasis
Em setembro de 1981, o buraco no ozônio era ainda bem pequeno (repare na cor azul-clara sobre a Antártica). Doze anos depois, em 1993, a situação era nitidamente mais grave. Apesar das restrições ao uso de clorofluorcarbono (CFC) em todo o mundo, em setembro de 2000 o buraco atingiu seu maior tamanho.

Toda a mancha azul-escura e azul-clara é o buraco na camada de ozônio, equivalente a mais de três vezes a área do Brasil. Os pontos azuis-escuros, marcados com as setas, representam as áreas em que a concentração de ozônio está bem abaixo de 150 Dobson, nível de altíssimo perigo para os seres vivos. O problema é tão sério que o filtro solar da Terra ganhou uma data especial: 16 de setembro é Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio.

Buraco  na camada de ozônio ao longo dos anos


Boas notícias
Uma das primeiras medidas mundiais para a preservação da camada de ozônio foi tomada em 1987, com o Protocolo de Montreal, que proibia os compostos à base de clorofluorcarbono – substância capaz de destruir o ozônio da nossa atmosfera –, o que não impediu que muitos países continuassem a usá-lo por muitos anos. Apesar disso, os níveis de CFC na atmosfera estão diminuindo num ritmo que permite supor sua extinção até meados do século.

Entre 1986 e 2008, os níveis de CFC na atmosfera caíram 99,7%. Por isso, alguns cientistas preveem que o buraco da camada de ozônio da atmosfera deve se extinguir em 50 anos. 
O buraco na camada de ozônio (a área em azul mais escuro) já começa a aparecer também no Círculo Polar Ártico
A produção de ozônio


A energia ultravioleta do Sol é a principal responsável pela criação e destruição naturais do ozônio. Esse processo ocorre na estratosfera, a camada da atmosfera que fica de 15 a 50 km de altitude. O constante bombardeio de raios ultravioleta na atmosfera decompõe moléculas de oxigênio (O2) em dois átomos de oxigênio (O2 = O + O), que se recombinam e formam moléculas de ozônio, com três átomos de oxigênio (O3). Ao mesmo tempo, ocorre o processo inverso – o rompimento das moléculas de ozônio – e essas reações químicas naturais sempre foram capazes de manter estável a concentração desse gás na atmosfera. 

 A destruição do ozônio





O vilão da história são os gases, como o clorofluorcarbono (CFC) – também chamado freon –, fabricado como propelente de aerossóis e como refrigerante de aparelhos de ar-condicionado, geladeiras, congeladores etc. Muito volátil, esse gás (cuja fórmula básica é CCl2F2) escapa e ganha altitude. Quando atinge a estratosfera, fica exposto à radiação ultravioleta do Sol, que rompe sua molécula.
Os átomos livres de cloro (Cl) reagem com as moléculas de ozônio (O3), pegam um dos átomos de oxigênio e formam monóxido de cloro (ClO), liberando oxigênio (O2). Uma molécula de CFC pode destruir até cem mil moléculas de ozônio, e elas demoram cerca de oito anos para chegar à estratosfera. Como as reações provocadas pelos CFCs são muito mais intensas do que a capacidade natural de produzir ozônio, forma-se o buraco na camada de ozônio.

O fim da degradação

Em 2010 a ONU fez um relatório intitulado “Avaliação Científica da Degradação da Camada de Ozônio 2010” que trouxe ótimas notícias. Devido à redução até quase a zero dos gases CFC, a degradação da camada de ozônio foi paralisada, inclusive na região polar, onde há o crítico buraco. O que foi degradado ainda não está sendo reconstituído, mas a esperança é que antes mesmo do começo do próximo século a camada de ozônio estará inteira novamente e com sua espessura original.

Efeito estufa e o aquecimento global

O CFC também é um gás que agrava o efeito estufa, e consequentemente, o aquecimento global. Por ele ter sido o maior vilão da camada de ozônio nas últimas décadas, foi substituído por outros tipos de gases que não possuem o mesmo efeito nocivo ao ozônio, os hidrofluorcarbonos (HFC) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFC). Porém, esta solução foi temporária, pois estes gases, mesmo em menor quantidade comparado ao CFC, também degradam a camada de ozônio. Além disto, eles são gases que agravam o efeito estufa, aumentando um problema em alta: o aquecimento global. A substituição foi prevista para ser apenas uma transição, e o Ministério do Meio Ambiente diz que o Brasil, até 2040, terá eliminado por completo o uso destes gases, diminuindo três problemas de uma vez: a degradação da camada de ozônio, a intensificação do efeito estufa e o consequente aquecimento global.

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