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sexta-feira, 2 de março de 2012

Reino Plantae - Briófitas

Briófitas
As briófitas (do grego, bryo, “musgo”, e phyto, “planta”, “vegetal”) são plantas de tamanho reduzido, frequentemente encontradas em ambientes úmidos, como o interior de matas e áreas próximas a rios. Entretanto, algumas espécies também são encontradas em ambientes secos, como desertos, e em regiões frias, muitas vezes ficando abaixo de camadas de neve durante o inverno rigoroso. Há algumas espécies de água doce. Espécies marinhas, contudo, não foram encontradas até o momento.
As plantas deste grupo foram as primeiras a se desenvolverem completamente em ambiente terrestre, embora ainda dependam da água para a reprodução. São organismos vegetais muito simples, desprovidos de um sistema condutor de seiva e, por essa razão, raramente ultrapassam alguns centímetros de comprimento.
As briófitas são frequentemente encontradas sobre folhas, troncos e outras espécies de plantas. Mas isso não significa que elas sejam parasitas: pelo contrário, são denominadas epífitas, ou seja, plantas que utilizam outras plantas apenas para suporte e fixação, sem prejudicá-las.
As briófitas formam um grupo com aproximadamente 25 mil espécies distribuídas em todo o mundo, sendo o grupo dos musgos o maior em número de espécies. Os musgos também representam as briófitas mais conhecidas e mais comuns. Além dos musgos, as hepáticas e os antóceros também são representantes das briófitas.
Representante do grupo das briófitas:
musgo
Representantes do grupo das briófitas:
hepática
Representante do grupo das briófitas:
antócero

Organização geral do corpo
As briófitas são plantas avasculares, ou seja, não dispõem de um sistema especializado que conduza seiva. Assim, a água e os sais minerais absorvidos do ambiente passam de célula a célula até atingir toda a planta. O mesmo ocorre com os produtos da fotossíntese. Esse processo é relativamente lento e, por esse motivo, as briófitas são plantas de pequeno porte: a maioria não ultrapassa poucos centímetros de altura, sendo muito raras as espécies cujos indivíduos alcançam 20 cm ou mais. Em algumas espécies de musgos, porém, existe um cordão central de células condutoras que se assemelham àquelas encontradas em plantas vasculares primitivas.
Os termos raiz, caule e folha não são aplicados às briófitas, já que são relacionados às plantas vasculares, como as pteridófitas. Nas briófitas, as estruturas vegetativas que se assemelham à raiz são denominadas rizoides: filamentos diminutos que prendem a planta ao substrato (rocha, solo, tronco de árvore, etc.). Nos musgos, uma pequena haste geralmente vertical é bastante evidente. Essa estrutura é o cauloide, em analogia ao caule das plantas vasculares. As estruturas em forma de folhas são denominadas filoides (pequenas lâminas verdes e delgadas).

Importância das briófitas
As briófitas são consideradas plantas pioneiras, pois estabelecem-se em locais inóspitos, como rochas nuas, colonizando-os. Além disso, mantêm a superfície do solo úmida pelo acúmulo de água das chuvas em seus vacúolos e pela retenção da umidade. Algumas espécies servem de combustível, e muitas são usadas comercialmente em floriculturas.

Biologia no cotidiano
Briófitas como bioindicadores
As briófitas, assim como os liquens, são extremamente sensíveis à poluição atmosférica. Estudos comprovaram que musgos e hepáticas toleram apenas quantidades muito baixas de poluentes atmosféricos, principalmente o dióxido de enxofre (SO2), um poluente comum originado de diversas atividades industriais.
Em áreas sujeitas a esse poluente, as briófitas são muito raras ou praticamente inexistentes. Assim, essas plantas atuam como bioindicadores, seres vivos cuja presença ou ausência permite avaliar a qualidade do ar ou da água em certa região ou ecossistema.

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