Fungos: perigosos ou úteis para o homem?
Eles são muito numerosos na natureza e podem ser encontrados em todas as partes: nos alimentos, nos tecidos, na madeira de construções antigas, nos animais e nas plantas, dos quais retiram seu alimento. Alguns deles são úteis na fabricação do pão, do queijo, do vinho, da cerveja e até na produção de medicamentos, como a penicilina (antibiótico). Outros, como o champignon, são comestíveis. Mas há algumas espécies que causam doenças no homem, nos animais e nas plantas, provocando grandes estragos e chegando até a matar.
Ambientes úmidos e sem luz
Os fungos habitam os mais variados lugares, mas a maioria vive no solo e alimenta-se dos restos de animais e vegetais. Vivem melhor em ambientes com muita umidade, calor, e alimento em abundância – que pode ser um pedaço de pão ou matéria orgânica em decomposição. Aquele bolor verde ou negro que vemos de vez em quando em frutas e pães é um tipo de fungo. Além dos bolores, os outros dois tipos mais conhecidos de fungos são os cogumelos e as leveduras (fermentos).
Bom apetite!
De forma direta ou indireta, muitos fungos estão presentes em nossa alimentação. Os cogumelos comestíveis, por exemplo, fazem parte do cardápio de muitos países. O mais conhecido deles é o champignon. Outros dois, o shiitake e o shimeji, de aparência mais escura, são bastante usados na culinária japonesa. Existem, no entanto, cogumelos que produzem toxinas que causam sérias intoxicações e são venenosos. É preciso muito cuidado com eles. Não existe nenhum método infalível para reconhecer se um cogumelo é comestível ou venenoso.
Queijos e pães
Alguns queijos também são feitos com o auxílio desses pequenos seres vivos. O gorgonzola e o roquefort, queijos de cheiro muito forte, têm várias 'manchas' verdes, que são os fungos usados na fabricação. O queijo camembert, vendido em lata ou embalado em pequenas caixas, possui uma 'capa' branca, resultado da ação dos fungos também. Para fazer pão, dependemos dos levedos, os mesmos usados na fabricação da cerveja e do vinho. Para ver a ação dos levedos basta, por exemplo, fazer uma receita de pão utilizando o fermento biológico. Cada tablete de fermento contém milhões de levedos. Ao serem misturados à massa, os levedos utilizam os açúcares para produzir energia, e nesse processo liberam gás carbônico, fazendo a massa crescer (fermentação alcoólica). Por isso o pão fica com consistência 'fofinha'. O álcool, que também é produzido durante a fermentação, é evaporado enquanto o pão assa, por isso que os pães não são proibidos para menores de idade!
Fique ligado!
Vinho e cerveja
Eles são muito numerosos na natureza e podem ser encontrados em todas as partes: nos alimentos, nos tecidos, na madeira de construções antigas, nos animais e nas plantas, dos quais retiram seu alimento. Alguns deles são úteis na fabricação do pão, do queijo, do vinho, da cerveja e até na produção de medicamentos, como a penicilina (antibiótico). Outros, como o champignon, são comestíveis. Mas há algumas espécies que causam doenças no homem, nos animais e nas plantas, provocando grandes estragos e chegando até a matar.
Ambientes úmidos e sem luz
Os fungos habitam os mais variados lugares, mas a maioria vive no solo e alimenta-se dos restos de animais e vegetais. Vivem melhor em ambientes com muita umidade, calor, e alimento em abundância – que pode ser um pedaço de pão ou matéria orgânica em decomposição. Aquele bolor verde ou negro que vemos de vez em quando em frutas e pães é um tipo de fungo. Além dos bolores, os outros dois tipos mais conhecidos de fungos são os cogumelos e as leveduras (fermentos).
Bom apetite!
De forma direta ou indireta, muitos fungos estão presentes em nossa alimentação. Os cogumelos comestíveis, por exemplo, fazem parte do cardápio de muitos países. O mais conhecido deles é o champignon. Outros dois, o shiitake e o shimeji, de aparência mais escura, são bastante usados na culinária japonesa. Existem, no entanto, cogumelos que produzem toxinas que causam sérias intoxicações e são venenosos. É preciso muito cuidado com eles. Não existe nenhum método infalível para reconhecer se um cogumelo é comestível ou venenoso.
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O champignon é um fungo usado em muitos pratos saborosos |
Queijos e pães
Alguns queijos também são feitos com o auxílio desses pequenos seres vivos. O gorgonzola e o roquefort, queijos de cheiro muito forte, têm várias 'manchas' verdes, que são os fungos usados na fabricação. O queijo camembert, vendido em lata ou embalado em pequenas caixas, possui uma 'capa' branca, resultado da ação dos fungos também. Para fazer pão, dependemos dos levedos, os mesmos usados na fabricação da cerveja e do vinho. Para ver a ação dos levedos basta, por exemplo, fazer uma receita de pão utilizando o fermento biológico. Cada tablete de fermento contém milhões de levedos. Ao serem misturados à massa, os levedos utilizam os açúcares para produzir energia, e nesse processo liberam gás carbônico, fazendo a massa crescer (fermentação alcoólica). Por isso o pão fica com consistência 'fofinha'. O álcool, que também é produzido durante a fermentação, é evaporado enquanto o pão assa, por isso que os pães não são proibidos para menores de idade!
Fique ligado!
Muitos
acreditam que para saber se um cogumelo é perigoso ou não, basta
cozinhá-lo com uma aliança de ouro ou uma moeda de prata. Se o metal
escurecer é porque o cogumelo é venenoso. Essa crença é totalmente
falsa, pois o metal pode escurecer com qualquer cogumelo que solta uma
substância chamada ácido sulfídrico como produto secundário de sua
fermentação (processo no qual o fungo obtém energia). A reação poderia
servir de alerta para que não se consuma um alimento estragado em alguns
casos, mas não impediria que um cogumelo altamente venenoso, em bom
estado, fosse consumido.
Um reino para os fungos
Nas classificações antigas, os fungos eram
agrupados no reino vegetal, ao lado das plantas. Mas os cientistas
verificaram que, ao contrário dos vegetais, os fungos não são capazes de
fabricar seu próprio alimento, ou seja, são heterótrofos. Além disso,
esses pequenos seres também possuem algumas características dos animais.
Por isso, ganharam um grupo à parte: o reino dos fungos. É um reino
muito numeroso. Até hoje, foram descobertas cerca de 100.600 espécies.
Sua função para o equilíbrio da natureza é muito importante: os fungos
são responsáveis pela destruição dos restos de matéria orgânica,
possibilitando o aproveitamento desta pelos novos seres que nascem. Essa
característica, no entanto, tem seu lado negativo, uma vez que é essa
atividade de decomposição que destrói roupas, objetos de couro, de
madeira e tantos outros, além de apodrecerem alimentos também. Algumas
espécies são microscópicas, como os levedos, usados no processo de
fermentação. Outras são bem visíveis, como vários tipos de cogumelos,
havendo inclusive uma espécie de cogumelo gigante.
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Os fungos são responsáveis pela destruição de restos orgânicos |
Você sabia?Aquele
cogumelo vermelho de pintinhas brancas, popularizado nas histórias
infantis de fadas e gnomos das florestas, é uma espécie alucinógena (Amanita muscaria).
Originário do Hemisfério Norte e por isso famoso nas lendas europeias,
se ingerido esse fungo pode causar alucinações, tonturas e vômitos,
entre outros sintomas. No Brasil, foi encontrado pela primeira vez em
Curitiba, introduzido acidentalmente.
Vinho e cerveja
Duas das bebidas mais populares do mundo, o
vinho e a cerveja, contam com uma 'mãozinha' dos fungos no processo de
fabricação. O vinho
é feito a partir de uvas. Extrai-se o suco da fruta e mistura-se
levedos, um tipo de fungo igual ao fermento do pão. Os levedos
alimentam-se do açúcar da fruta e produzem gás carbônico e álcool
etílico – processo chamado fermentação alcoólica. É isto o que dá o teor
alcoólico da bebida. O mesmo acontece na cerveja. A diferença é que, em
vez da uva, o alimento dos levedos é o açúcar do malte.
Fique ligado!
O
maior ser vivo do mundo é um fungo gigante, encontrado na Floresta
Nacional Malheur, no estado de Oregon, nos Estados Unidos: um exemplar
do Armillaria ostoyae,
conhecido como 'cogumelo do mel', devido à sua cor amarelada. Há cerca
de 2.400 anos sua parte subterrânea (o micélio) vem crescendo entre as
raízes de árvores, e hoje ocupa uma área maior que 8,9 km² (equivalente a 1220 campos de futebol) e penetra
cerca de 1 metro no solo. A partir de toda essa área que ele ocupa sob a
terra é que aparecem acima da terra os cogumelos (estruturas
relacionadas à sua reprodução). Quando surgiu, no entanto, devia ser tão
pequeno que podia ser visto somente com um microscópio.
O fungo salva-vidas
O fungo Penicillium notatum
é muito útil ao homem. Ele produz a penicilina, um antibiótico usado
para combater infecções causadas por bactérias. O primeiro médico a
descobrir o uso da penicilina foi o inglês Alexander Fleming,
em 1928, fato que revolucionou a medicina da época. Interessante foi
como aconteceu essa descoberta: Fleming estava pesquisando
micro-organismos e deixou uma cultura de bactérias numa placa de vidro
para observar o seu desenvolvimento. Chegou a sair de férias por alguns
dias e, quando voltou, percebeu que as bactérias não tinham se
desenvolvido como esperava. Notou que um tipo de fungo havia aparecido e
que no local em que eles haviam se desenvolvido não havia crescido
bactérias. Elas não cresciam devido a uma substância produzida pelos
fungos (a penicilina) e que também era capaz de matar as bactérias já
existentes. Era o primeiro passo para a produção dos antibióticos.
Graças a seus estudos com fungos, Fleming ganhou o Prêmio Nobel de
Medicina em 1945.
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Alexander Fleming |
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Cultura de Penicillium expansum |
Curiosidade
Os
fungos são também importante fonte de alimento para as formigas saúvas.
Você já reparou numa fila de formigas carregando pedaços de folhas,
quase sempre até maiores do que elas? Será que é para a sua refeição?
Nada disso! Na verdade, as formigas transportam as folhas para dentro do
formigueiro e as colocam em câmaras especiais chamadas 'panelas'. Esse
material vegetal, por sua vez, é utilizado como meio de cultura de
fungos, do qual as formigas se alimentam. Como os fungos se desenvolvem
bem em lugares quentes e úmidos, o formigueiro é um local muito
apropriado para o seu cultivo.
Alexander Fleming nao era inglês, mas sim escocês. Ele era britânico, mas NUNCA inglês!
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