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quinta-feira, 8 de março de 2012

VERMES, são os bichos!!!

Vermes?! Cuidado com eles
Não adianta fechar os olhos. Além de feios, os vermes podem causar muitos problemas para sua saúde. Esses seres vivos que lembram monstros tirados de seriados de TV são organismos de formato alongado e podem variar muito de tamanho, de alguns milímetros a muitos metros de comprimento. Alguns deles viajam pelo seu corpo e por onde passam fazem diversos estragos. Os sintomas você pode sentir na pele, na barriga, na cabeça, nos pulmões...
Por isso, o melhor a fazer é estar informado sobre eles: a forma de transmissão, o desenvolvimento no organismo, a cura e, o mais importante, as medidas para evitar a contaminação. Tenha um bom passeio pelo incrível mundo dos vermes!


 Vermes feios e gulosos

 Já pensou em carregar um ser vivo dentro de você que se alimenta de seus nutrientes e faz um mal danado para sua saúde? Pois saiba que isso é mais comum do que se imagina. Embora alguns deles não sejam parasitas e vivam livremente no mar, em rios e meios terrestres, outros vermes dependem do ser humano e de outros animais para continuar a viver. Eles levam uma "vida nômade" – cada fase se desenvolvem num lugar diferente. E um desses locais pode ser o seu organismo. Doenças causadas por vermes, como a esquistossomose e o amarelão, atingem muito mais pessoas no mundo do que a Aids, batizada de "o mal do século" e que tem cerca de 30 milhões de portadores em todo o planeta. A esquistossomose estima 200 milhões de casos na América do Sul, África e Ásia – desses, quase 50 mil se encontram no Brasil.
Claro que nem todo mundo vai ter que sustentar um desses bichos no corpo. De modo geral, algumas comunidades estão mais expostas, como aquelas que vivem sob más condições de higiene. O melhor remédio é a prevenção. Pessoas que cultivam bons hábitos de higiene e têm acesso a um saneamento básico de boa qualidade reduzem as chances de se defrontar com esses seres. O uso de medidas simples fará com que você não seja a próxima vítima.
 Você sabia?Alguns tipos de vermes eliminam as sobras pela boca. São os platelmintos, que não possuem ânus e têm o corpo achatado. Já seus parentes, os nematelmintos, são diferentes. Seu aparelho digestivo é completo (com boca e ânus) e têm formas cilíndricas, que lembram tubos. 
 Vermes do dia a dia
O ancilóstomo é um pequeno verme com cerca de 15 milímetros de comprimento. Causa uma doença conhecida como amarelão






Amarelão, lombriga, oxiurose e bicho geográfico são outras doenças que têm os vermes como protagonista principal. Mas diferentemente da tênia e da barriga-d'água, elas são causadas por um verme do tipo nematelminto (um nome que parece do outro mundo), com um corpo em forma de cilindro.

Cada verme escolhe uma via de contaminação. A lombriga se desenvolve quando uma pessoa consome água ou alimentos contaminados com ovos do parasita. Os vermes do amarelão e do bicho geográfico costumam penetrar a pele, principalmente através dos pés e das pernas. A oxiurose, além do contágio por ingestão de alimentos contaminados, também pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados. Para todos os casos existem medicamentos que combatem os verme
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Aparência do verme Ascaris lumbricoides, mais conhecido como lombriga: transmissão acontece pela água contaminada
Uma má companhia

A tênia – ou solitária – é um parasita que se aloja no intestino do homem e pode atingir incríveis 12 metros de comprimento. Por se alimentar dos nutrientes do corpo humano, causa fraqueza, anemia e uma fome sem fim. São dois tipos de solitária: a proveniente do porco e a do boi. Quando esses animais ingerem alimentos contaminados com ovos de tênia (que saem nas fezes de humanos contaminados), desenvolvem-se larvas que se fixarão em suas carnes em forma de cisticercos. Quando uma pessoa come a carne contaminada e malcozida, o cisticerco chega ao intestino e libera o verme – um platelminto conhecido como tênia –, iniciando a doença no corpo humano. Agora, se o homem ingerir diretamente os ovos da tênia, o perigo é maior. Desta forma, os cisticercos formados podem se fixar em partes vitais do organismo causando uma doença chamada cisticercose. Um exemplo é quando o cisticerco se aloja no cérebro, causando a cisticercose cerebral ou neurocisticercose e leva a pessoa a ter convulsões. Há medicação eficiente para combater a solitária. Mas é importante verificar se a cabeça do verme foi eliminada, para evitar que o ciclo recomece.
Fique ligado!

Os vermes são muito glutões. Eles precisam de energia para crescer e se reproduzir e consomem tudo o que podem de seu hospedeiro, no caso, o homem. Por isso, pessoas com algum tipo de verme têm bastante fome e procuram, em especial, doces, que são boa fonte de energia.
  
Barriga-d'água

É o nome popular para uma doença que deixa a pessoa com uma barriga enorme. Esquistossomose é o nome técnico desta doença. No Brasil, a barriga-d'água é provocada pelo Schistosoma mansoni, verme achatado (platelminto) que entra pela pele (pés e pernas), aloja-se no fígado, alimenta-se de sangue e chega a ter um centímetro de comprimento. O verme passa por várias fases. Ele começa como ovo, vira uma larva ao cair em rio ou lagoa, transforma-se em cercária dentro de um caramujo e chega à fase adulta no corpo humano, seu hospedeiro definitivo. A hicantone é uma droga que mata o verme. Ela é, porém, tóxica ao organismo e atualmente outros medicamentos são utilizados para tratar essa doença, como o praziquantel. 
Os vermes causadores da esquistossomose: o macho (em lilás) e a fêmea (alojada no canal do macho), já na forma adulta, ficam instalados no fígado humano

As faces do intruso



As diferentes faces do verme da esquistossomose: as cercárias, presentes na água contaminada, penetram através da pele humana; na fase adulta, já no interior do organismo, a fêmea (mais fina e comprida) e o macho (maior e mais grosso) alimentam-se de nutrientes do sangue e geram ovos que darão início a um novo ciclo da doença. 
Cercária do Schistosoma mansoni
O homem da limpeza

Uma medida simples e eficaz contra diversas doenças é manter boas condições de higiene. Mas se hoje, com todas as informações divulgadas pela mídia, já é difícil executá-la, imagine no começo do século, quando a comunicação entre as pessoas era bem mais precária. O médico e sanitarista Osvaldo Cruz (1872-1917) que o diga. Pioneiro no estudo das moléstias tropicais, ele sabia que a falta de saneamento básico era o caminho mais curto para gerar epidemias, dentre elas a febre amarela, a peste bubônica e a varíola, que não são causadas por vermes. Como diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública, ele coordenou, em 1903, uma campanha sanitária para a erradicação da febre amarela e da varíola no Rio de Janeiro. O programa previa a remoção dos moradores dos morros centrais para bairros afastados. Mal informada, a população se revoltou, causando enorme tensão social. Na política, as coisas também estavam conturbadas. O Congresso aprovou, em 31 de outubro de 1904, a lei que obrigava a vacinação contra a varíola, o que provocou uma insurreição popular – o episódio ficou conhecido como Revolta da Vacina. Como resultado, o presidente Rodrigues Alves revogou a Lei da Vacina em 16 de novembro, duas semanas depois.

Osvaldo Cruz: luta pela saúde pública

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