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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ecologia

Relações Ecológicas


Dentro de uma comunidade biótica podemos encontrar as mais diversas formas de interações entre os seres vivos. Essas interações são caracterizadas pelo benefício ou prejuízo que podem trazer aos indivíduos que se relacionam.
As relações ecológicas podem ocorrer dentro uma mesma espécie ou entre espécies diferentes sendo chamada inter ou intra-específicas por esse motivo. As relações podem ainda ser, harmônicas ou desarmônicas.

Relação harmônica: relação harmônica e toda aquela na qual os indivíduos que se relacionam têm ganhos positivos com a relação. Podemos, para facilitar a caracterização, colocar entre parênteses o símbolo de soma e diferença separados por/para designar essas relações (+/+) ou o(+/-).

Relação desarmônica: relação desarmônicas é aquela na qual um dos indivíduos que interagem sofre prejuízo com esta relação.

Relações Intra-Específicas

Colônias: são associações harmônicas entre indivíduos da mesma espécie que necessitam anatomicamente desta relação, com o prejuízo de morte sobre a separação da colônia. Em uma colônia nem sempre existe a divisão específica de trabalho, todos desempenhando apenas funções vitais para o grupo. Neste caso as colônias são chamadas de isomorfas. No caso das colônias que possuem indivíduos com funções específicas e mesmo formas distintas, estas são chamadas de heteromorfas.
Isto é o que acontece com as colônias de celenterados nas quais existe uma parte da colônia que é responsável apenas pela alimentação: os gastrozóides e aqueles que são responsáveis apenas pela reprodução os Gonozóides.
Exemplo: colônias de esponjas, colônias de celenterados.

Sociedade: as sociedades são associações entre indivíduos de mesma espécie onde existem funções cooperativas muito bem definidas e o grupo com seus componentes pode se separar a qualquer momento e compor um novo grupo diferente do qual o originou.
As sociedades também podem ser isomorfas ou heteromorfas. Quando isomorfas, todos os indivíduos podem desempenhar qualquer papel, não havendo uma distribuição de trabalho muito bem definida. São também chamadas sociedades irregulares. A sociedade isomorfa desaparece se qualquer um dos fatores que geraram a aproximação dos indivíduos do grupo desaparecer. Exemplos desse tipo de sociedade são: a espécie humana, os cardumes de peixes, alcatéias de lobos, as manadas de herbívoros. As sociedades heteromorfas ou regulares são compostas por indivíduos com diferenças morfológicas e divisão de trabalho bem específica. Não é difícil perceber em sociedades assim a divisão em castas como é o caso das abelhas formigas.

Canibalismo: é uma interação desarmônica entre indivíduos de mesma espécie na qual um dos indivíduos mata e devora outro de sua espécie. É manifestação comum entre alguns tipos de aranhas e escorpiões que após o ato sexual matam o macho. Fêmeas de louva-a-deus também devoram seus machos. Nos animais superiores esse tipo de comportamento é raro sendo que na espécie humana apenas em casos de extrema fome ou ritual pode haver esse tipo de comportamento. Em alguns casos, o canibalismo por ser um fator de controle populacional mantendo o tamanho definido de uma população dentro do ecossistema, sendo encarado como um tipo de competição.

Competição: a competição entre específica como o nome já diz ocorre entre seres de mesma espécie e pode delinear uma população, principalmente em seu tamanho. Quando um ambiente não permite a migração de indivíduos e o alimento começa a diminuir, naturalmente os mais velhos e os menos aptos serão prejudicados e vão acabar morrendo por falta de alimento.

Relações Interespecíficas

Mutualismo: neste caso há uma associação entre indivíduos de espécies diferentes que é obrigatória para que a vida continue. No exemplo clássico dos líquens temos os fungos fazendo o papel de absorção e das algas fazendo o papel de fotossíntese, sendo que se houver separação dos dois indivíduos nenhum dos dois pode sobreviver. Outros exemplos de mutualismo são o boi e as bactérias na pança, o cupim e a triconinfa.

Protocooperação: também é uma associação entre indivíduos de espécies diferentes onde há benefício para ambas as partes. É muito semelhante ao mutualismo só que nesse caso não existe um comprometimento anatômico entre os indivíduos podendo-se a qualquer momento separá-los e garantir à sobrevivência de ambos. Sua coexistência não é obrigatória.
Exemplo: o paguro-eremita e as anêmonas do mar, O pássaro anu e o boi, o pássaro palito e os crocodilos.

Inquilinismo: neste tipo de relação inter específica, um dos indivíduos utiliza o outro como hospedeiro temporário, porém não há qualquer tipo de prejuízo para a parte que o hospeda. É que essa é um tipo de associação muito parecido com comensalismo, diferindo deste apenas por não haver cessão de alimentos para o inquilino. São exemplos de inquilinismo o peixe agulha e a holotura, as orquídeas e bromélias com troncos de árvores.

Comensalismo: e a associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual um deles aproveita os restos alimentares ou metabólicos do outro sem causar a este qualquer tipo de prejuízo. Modernamente acredita-se que espécies que são parasitas ou que foram parasitas no passado tendem a se tornar comensais. . Esta mudança seria um modo evolutivo de se conseguir uma relação duradoura.
Exemplo: a rêmora e o tubarão, Entamoeba coli e o homem.

Competição: é uma interação desarmônica entre seres de espécies diferentes que habitam um mesmo local geográfico e disputam o mesmo nicho ecológico. A competição difere do predatismo, pois neste caso, podem estar competindo duas espécies de herbívoros ou duas espécies de carnívoros sem que necessariamente uma devore a outra.

Predatismo: é uma interação desarmônica na qual um indivíduo geralmente maior persegue mata um ou mais indivíduos de outra espécie para se alimentar. a presa pode morrer durante a sua ingestão ou antes. O predador é sempre um consumidor.

Parasitismo: no parasitismo há a espoliação de um indivíduo chamado de hospedeiro. Nestes casos o parasito é geralmente menor que seu hospedeiro e quando ataca o hospedeiro habitando o lado externo é chamado de ectoparasito (carrapatos) e quando se fixa ao hospedeiro internamente é chamado de endoparasita (E. histolytica). Sua definição é muito semelhante a do predatismo porém neste caso é geralmente necessário um grande número de parasitos para matar um hospedeiro.

Amensalismo: Neste tipo de interação um dos indivíduo é capaz de produzir substâncias que podem inibir o desenvolvimento do outro ou mesmo causar sua morte. A substância produzida pela espécie inibidora pode não ter efeito letal sobre a espécie amensal, ou seja, a espécie cujo desenvolvimento é inibido.
Este é o caso bem conhecido dos antibióticos que em sua maioria têm efeito bacteriostático, isto é, impedem a multiplicação das bactérias. Esses antibióticos são largamente utilizados em medicina, no combate às infecções bacterianas. Inibindo a multiplicação das bactérias patogênicas, os antibióticos dão oportunidade para que o organismo as destrua por intermédio da ação fagocitária dos leucócitos. O Penicilium notatum é o responsável pela produção do mais antigo antibiótico: a penicilina.
Sob determinadas condições ambientais, certas algas protistas (pirrófitas) de cor avermelhada e produtoras de substâncias altamente tóxicas apresentam intensa proliferação, formando enormes manchas vermelhas no oceano. Com isso, a concentração dessas substâncias tóxicas aumenta, provocando grande mortalidade de animais marinhos. Nestes casos de ação antibiótica mais enérgica, causa a morte de espécies amensais. É o que ocorre neste fenômeno conhecido por “maré vermelha”.

Tendo como + a espécie beneficiada, cujo desenvolvimento se torna melhorado ou possível, como o símbolo a espécie prejudicada e como 0 a espécie cujo desenvolvimento não é afetado, podemos representar as relações interespecíficas como no quadro abaixo:


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